Passo a Passo
1º Passo:
O que queremos focar e porquê?
Quando falamos de Desenvolvimento é impossível não falar de acesso à água. De facto, o acesso à água condiciona a dimensão social, económica e ambiental do indivíduo e das comunidades. Quando dizemos “Água é Vida”, não estamos a exagerar…Abordar esta questão é refletir, por um lado, sobre as desigualdades do acesso á água e, por outro, sobre o impacto que o acesso a este Bem Comum pode ter na vida de milhões de pessoas.
Assim, procurámos elaborar uma instalação que permitisse aos visitantes do Museu refletir sobre estas dimensões, focando mais no impacto do acesso à água enquanto motor de Desenvolvimento. Da mesma forma, procurámos implementar uma instalação que garantisse o interesse e interação de todas as faixas etárias.
2º Passo:
Localização
Depois de identificado o tema, é necessário pensar no local. Um local onde seja possível fazer a ligação “óbvia” entre o tema , a peça e a instalação.
3º Passo:
Mãos à obra
Depois de um primeiro processo de conceptualização e definição de objetivos é preciso identificar os produtos (instalação, sinalética, material de apoio), os prazos e os fornecedores, de acordo com o orçamento disponível. Toda esta concetualização não deve esquecer que a instalação será parte da coleção de um museu e, deste modo, ser convenientemente integrada.
4º Passo:
Os produtos
A instalação deve, obedecendo aos objetivos propostos, ser criativa/inovadora e pedagógica. Da mesma forma, e fazendo parte de um conjunto de 10 instalações no total, deve respeitar a coerência de grupo.
5º Passo:
A mensagem
Pesquisa: a mensagem assenta em dados estatísticos globais sobre o tema, pelo que há que assegurar que estes sejam atuais e corretos, de fontes seguras e credíveis. Se os dados forem complexos, confusos ou contraditórios, a coerência das mensagens das várias instalações serão postas em causa pelo visitante.
Redação: linguagem acessível a todos os públicos, ter em atenção as questões tipográficas (tipo de letra, tamanho, cor) de forma a facilitar a leitura. A mensagem não pode ser tendenciosa, devendo apresentando argumentos baseados em factos , factosque podem ser comprovados pelo visitante.
Texto final: Devemos seguir uma coerência nos factos e evidenciar a realidade partindo doglobal para o local, de forma a manter o visitante interessado pela temática. A dimensão humana deve estar sempre presente.
As mensagens vão estar evidenciadas na instalação e em todos os materiais concebidos de apoio à instalação, como o folheto
6º Passo:
Aprovação dos materiais de apoio
Para garantir que o texto idealizado têm em conta os aspetos chave a retratar, deve-se fazer chegar um conjunto de tópicos ou o texto completo aos designers. A partir daí o designer conseguirá extrair os elementos chave para elaborar as mensagens gráficas..
Folheto:Do que falamos, porque falámos, o que defendemos e as soluções que promovemos são algumas dimensões importantes a referir sempre que abordamos as temáticas da Educação para a Cidadania Global. Se, por um lado, os designers procuram simplicar a mensagem, é necessário assegurar que esta é correta e a adequada. Na instalação que concebemos, a informação disponibilizada aos visitantes dizia respeito ao número de pessoas no mundo sem acesso a água potável e saneamento e o consumo médio de água diário por cada europeu. Salienta-se o o impacto positivo do acesso à água para os indivíduos, comunidades e Nações e algumas recomendações defendidas à escala global para garantir o acesso à água a todos.
O folheto deve ter uma ligação visual à temática em análise.
Placa de sinalização: Chamada de atenção para a instalação e para o tema. Opte por uma imagem com uma legenda curta.
7º Passo:
Implementação da instalação
A estrutura foi concebida para ser colocada frente à Fonte do Leão , local identificado pela equipa como o mais adequado para estabelecer a ligação entre o local e o tema. A estrutura é composta por uma frente com 1,00 m x 1,40 m.
No centro da estrutura foi colocada uma mesa forrada com vinil com uma pauta musical de uma música infantil conhecida e também as notas musicais que são a base do xilofone. Por cima da mesa foram dispostas as garrafas de água, afinadas para que a cada garrafa correspondesse uma nota musical. No topo da estrutura foi colocada uma divisória para a colocação dos folhetos. De salientar que na estrutura estavam colados dados e fatos sobre o consumo de água global (em vinil).
Os visitantes são impelidos a tocar e a interagir com todos os elementos que constituíam a estrutura, incluindo ao leitura do folheto.
Como é possível ver pelas imagens, a estrutura foi colocada nos jardins do convento e, deste modo, exterior à sala de exposições do Museu… e infelizmente foi danificada sistematicamente. Os jardins do Museu não têm um segurança ou vigilância permanente.
Confrontados com as sucessivas reparações e pelo facto dos vidros partidos poderem constituir um perigo para os visitantes, a equipa do Museu pensou num outro local para colocar a instalação e numa outra estrutura, uma vez que a primeira ficou totalmente inutilizada.
No início de agosto de 2015 a instalação foi retirada do espaço original (fontanário) e um mês depois foi colocada no interior do Conventinho, num corredor de acesso entre o claustro e os jardins .
Todos os painéis de azulejo que embelezam o claustro do Museu Municipal de Loures representam cenas em torno da água. Trata-se de um conjunto de imagens bucólicas, com evidentes referentes flamengos e holandeses, que nos transportam para paisagens, na sua maioria campestres, pontuadas por personagens ocupadas nas suas atividades quotidianas onde a existência de água (enquanto sustento, via de comunicação e de descanso) percorre todos as cenas dos painéis de azulejo.
A equipa adaptou um banco de madeira, onde foi colocado o vinil e onde foram dispostas as garrafas de vidro.
8º Passo:
Plano de Comunicação
Durante o mês de maio no canal privilegiado de comunicação (Página Facebook “Connected for a Beter World”) foram apresentados vários conteúdos formativos e informativos sobre a temática.
A instalação foi divulgada através dos sites e redes sociais dos parceiros e de um Email Flash: Um pequeno email muito visual que convida as pessoas a visitar a instalação e a conhecer o projeto.
Também se solicitou a outros museus, ONGD e ao Centro Europe Direct a divulgação desta instalação.
9º Passo:
Inauguração da instalação
Dependendo da dimensão e recursos do museu, e sempre que se justifique, podem-se considerar momentos de “inauguração da instalação”, segundo diferentes modalidades: debates, visualização de filmes, atividades familiares...