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Sobrepesca

Pescar mais e mais...

 

Sumário

Esta instalação encontra-se no Museu de História Natural de Nuremberga (Alemanha) e centra-se sobre o problema da sobrepesca e da segurança alimentar no Triângulo de Coral da Ásia, perto da Papua-Nova Guiné. Pescado tradicionalmente pelos habitantes da Oceânia, o atum é hoje em dia uma das espécies ameaçadas de extinção pois as empresas internacionais de pesca pescam atum em grandes quantidades, o que afeta a segurança alimentar das pessoas que ali vivem.

A instalação está localizada ao lado de um barco tradicional de pesca do Pacífico. Esta instalação chama a atenção do visitante, mostrando visualmente (durante um período de 60 anos) a diminuição do número de peixes (atum) e o procedimento da indústria global de pesca. Chama a atenção do visitante para outras formas sustentáveis de pesca e mostra alternativas ao consumo de espécies em vias de extinção, como o atum, através de um guia.

Detalhes

A instalação fornece informações sobre o problema da segurança alimentar e da sobrepesca, mostrando visualmente diferentes aspetos.

  • A instalação convida o visitante a tocar os botões principais. Cada botão exibe um determinado ano (entre 1950 e hoje). A cada ano corresponde o número de atum disponível e do aumento das capturas. Nesta área geográfica, no período entre 1950 e os nossos dias, as reservas de atum diminuíram dois terços e os números de pesca aumentaram 20 vezes. Estes valores são visualizados, diminuindo e aumentando pequenos pontos de luz numa placa de madeira. Esta abordagem visual permite que os visitantes possam mais facilmente compreender a correlação entre a queda do atum no Oceano Pacífico e a indústria global de pesca.
  • Um texto ao lado da instalação fornece mais informação sobre a evolução da pesca do atum no Oceano Pacífico e o perigo de extinção de determinadas espécies de peixe devido à indústria global de pesca. Os textos transmitem a seguinte informação:
  • Um terço da pesca do atum a nível mundial está a ter lugar no Oceano Pacífico. Um hotspot é a região do Pacífico Central e Ocidental. O atum amarelo é a alimentação base para a população da Oceânia, mas 90% dos atuns são pescadas pelos arrastões de pesca internacionais e vendidos no mercado mundial.
  • Se continuar a ser capturado em números tão elevados adivinha-se um colapso de muitas unidades populacionais de atum. Algumas espécies de atum já entraram em colapso. O World Wildlife Fund afirma uma diminuição de 90% nos últimos anos.
  • A pesca é um importante recurso alimentar para muitas pessoas na Oceânia. Este continente tem uma das maiores populações de peixe em todo o mundo, no entanto um único arrastão consegue capturar a mesma quantidade de peixe que um pequeno pescador ao longo de um ano inteiro. Esta é uma ameaça concreta para a segurança alimentar e a biodiversidade.
  • Mas o que fazer? O Greenpeace recomenda o certificado Marine Stewardship Council /MSC; outro bom conselho surge através de um atlas de compras do WWF.”
  • A instalação fornece um folheto take-away sobre o guia MSC para um consumo sustentável de peixe que também inclui um link para uma aplicação para telemóveis. O visitante recebe, assim, informação concreta e fica a saber onde comprar peixe de zonas fora de perigo.
  • Esta instalação incide sobre o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio 7 "Garantir a Sustentabilidade Ambiental"; especialmente o 7A que visa "inverter a perda de recursos ambientais" e o 7B que quer "reduzir a perda de biodiversidade". Outros ODM abordados  por este tema são o ODM 1 "Erradicar a Pobreza Extrema e a Fome" e ODM 8 "Desenvolver uma Parceria Global para o Desenvolvimento".
Overview_Overfishing

    Orçamento + recursos

    Orçamento necessário:

    Construção da instalação e suporte para iluminação/luz

    2600 €

    Design e impressaão

    270 €

    Total

    2870 €

    Passo a Passo

    1º Passo:

    Escolher o objeto e tópico

    Abordar o tema da sobrepesca no museu nem sempre será fácil; há certos tipos de museus e exposições que são mais adequadas do que outras. Objetos possíveis para se conectarem com este tema são, por exemplo, barcos e navios, redes de pesca e outros objetos utilizados para a pesca, objetos pertencentes à cultural material relacionados com a pesca e os oceanos. Além destes, outros instrumentos de pesca podem ser um ponto de partida.

    → Faça uso do contraste entre o tradicional e o moderno
    Pode ser interessante para o visitante comparar o moderno com ferramentas tradicionais de pesca, para mostrar que o aumento da eficiência da pesca está a contribuir para um declínio das espécies. No nosso caso, os grandes arrastões de pesca industrial estão em grande contraste com os barcos de pesca tradicionais da população indígena.

    → Aborde as questões da diversidade cultural através do estilo de vida individual
    O tema da biodiversidade nos países em desenvolvimento parece estar longe das intenções do visitante do museu, sem qualquer ligação à vida quotidiana do visitante. São necessários, portanto, adicionar estas conexões para nós na Europa. Por exemplo, dar informação adicional sobre a quantidade de atum que está a ser exportado e vendidos nos países industrializados, como por exemplo, na Alemanha.

    → Menos é mais
    Dispomos de um período muito limitado de atenção por parte dos visitantes do museu, por isso é importante apresentar apenas um ou dois aspetos mais importantes. Podem ser, por exemplo, as consequências para a segurança alimentar se um determinado grupo desaparecer, a redução de uma determinada espécie de peixe, o desenvolvimento do setor da pesca em uma área específica, a quota de pesca disponível, etc.

    2º Passo:

    Verifique as condições técnicas

    A instalação de luz tem algumas restrições; torna-se necessário que certas questões sejam profundamente refletidas antes de passar a tarefa aos eletricistas, carpinteiros e designers. Vai precisar de um lugar sem luz direta do sol dentro da sala de exposição/museu. Caso contrário, as luzes da instalação não serão reconhecidas de uma forma imediata. A existência de tomadas elétricas devem estar próximas, de modo a fornecer energia elétrica. Além disso, se você deseja colocar o equipamento técnico dentro de vitrinas de exposição a questão do arrefecimento precisa de ser esclarecida com antecedência. Nós utilizámos, por esta razão, LED para minimizar o fator calor.
    Além disso, a questão de como fixar a instalação no museu tem influência sobre a própria construção. Por exemplo, no nosso caso, não seria possível fixar a instalação ao chão, sendo por isso que deixamos o carpinteiro construir uma placa de metal para fixar a instalação de uma forma conveniente e segura. Desta forma, obtivemos uma base estável para a instalação.

    Passo 3:

    Estimativa de custo

    Para o tipo de instalação, apresentado aqui, precisará de quatro tipos de empresas subcontratadas: um carpinteiro para construir uma caixa de madeira para o equipamento técnico, um eletricista para instalar as luzes e conectá-las aos botões, um designer para as fotos e textos sobre a madeira e uma empresa de impressão para imprimir folhas dos projetos que são colocados dentro da caixa de madeira.
    Os custos de uma instalação de luz dependem muito de que tipo de recursos que tem. Por exemplo, o número de botões de pressão para os visitantes irá aumentar a complexidade e, portanto, o preço da instalação de luz. As luzes são iluminadas por projetores e estes são caros. Portanto, uma compreensão clara do que é necessário vai fazer as estimativas mais comparáveis. No nosso caso, finalmente usado 5 projetores com 33 luzes cada, somando um total de 165 pontos de luz. Estes pontos de luz indicam peixes de atum e arrastões de pesca. Nós usámos apenas luzes brancas e apenas três botões para reduzir o preço, mas também porque queríamos que fosse de simples utilização pelos visitantes.


    Passo 4:

    Criar conteúdo

    Por baixo da instalação foi colocado um texto com dados que permitem enquadrar a temática.

    Passo 5:

    Coordenação: carpinteiro, eletricista e designers


    Como existem vários sub-contratantes envolvidos na produção é necessário coordenar todos os envolvidos, o que significa assegurar que cada parte se encaixa com as outras por exemplo: o carpinteiro identifica as especificações que são necessários para o eletricista, enquanto que os designers precisam de saber exatamente de que forma as luzes vão ser colocadas …


    6º Passo:

    Últimos passos

    Certifique-se que a instalação elétrica está a funcionar antes de mover a peça para o Museu.

    7º Passo:

    Instalação no museu

    Finalize tudo: Depois de dar o "ok", o produto final será transportado para o museu. A instalação terá, então, de ser ligada à rede elétrica do museu e ser fixada de forma estável. Poderá ser necessário acertar alguns detalhes ainda no museu. Algum trabalho final pode ser necessário no museu. Neste caso, esse trabalho extra foi a selagem da placa de cobertura azul com verniz transparente para evitar futuras manchas de humidade.

    Avaliação

    Pontos Positivos e Negativos

    Positivos

    • A maioria das pessoas come peixe com alguma regularidade. Assim, o tema da sobrepesca pode ser relacionado facilmente com o estilo de vida dos visitantes do museu. Isso faz com que o envolvimento com os temas do Desenvolvimento seja mais pessoal e direto
    • A instalação de luz é um material educacional muito cativante. De um modo geral os visitantes vão sentir-se curiosos e apertar os botões para ver o que vai acontecer. Esta é por isso, uma instalação capaz de suscitar o interesse de jovens e de adultos.
    • O elemento interativo permite às pessoas explorar e compreender a interligação da indústria da pesca e populações de peixes ameaçadas. Este método de aprendizagem contribui para a aprendizagem autoguiada.

    Negativos

    • O orçamento necessário para este tipo de instalações é relativamente alto.
    • Foi uma instalação complexa de desenvolver, em parte devido às componentes elétricas. 
    • Lições aprendidas
    • Usar gráficos para dar força a um ponto de vista é uma excelente opção. 

    Comentários d@s visitantes

    • Os comentários dos visitantes foram muito positivos sobretudo nos conselhos sobre formas de agir, como por exemplo o guia de compras de peixe.
    • Muitos dos visitantes afirmaram que iriam passar a consumir peixe certificado

     

    Links da Internet + outras fontes

    World Wild Fund For Nature: Guia 

    www.wwf.panda.org/how_you_can_help/live_green/out_shopping/seafood_guides/
    (acedido em 2015/04/28)

    Greenpeace: Que peixes posso comer?

    www.greenpeace.org/international/en/campaigns/oceans/which-fish-can-I-eat/ (acedido em 2015/04/28)

    Marine Stewardship Council:

    www.msc.org (acedido em 2015/04/28)

    Projeto O Mar à nossa Volta (2011): Expansão Espacial das frotas pesqueiras da UE e não-UE à escala global desde até aos nossos dias

    www.assets.wwf.org.uk/downloads/sea_around_us_eu_fleet_expansion_jan_18_2012.pdf (acedido em 2015/04/28)

    World Resources Institute (2012): Recifes em Risco Revisitados no Triângulo de Coral

    www.wri.org/sites/default/files/pdf/reefs_at_risk_revisited_coral_triangle.pdf (acedido em 2015/04/28)

    World Wild Life (2014): Gerir a Biodiversidade e a Segurança Alimentar no Triângulo de Coral 

    www.assets.worldwildlife.org/publications/659/files/original/CTSP-LessonsLearned_final__MK_edits__PD_review_2014_Jan_15.pdf?1391724667&_ga=1.159211130.1150891535.1430232586 (acedido em 2015/04/28)

    Coral Triangle Initiative:

    www.coraltriangleinitiative.org (acedido em 2015/04/28)

     

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